O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra de sigilo telefônico do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD). A autorização é referente à investigação sobre um suposto pedido de contribuição de R$ 2 milhões em caixa 2 para campanha ao governo do estado, conforme delação de ex-executivos da Odebrecht.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Colombo disse que “apoia totalmente a decisão”. “É uma forma de esclarecer todos os fatos”, afirmou o governador.
Conforme o STJ, a quebra do sigilo é válida pelo período de 1º de junho de 2012 a 28 de fevereiro de 2015. Além do governador, o ex-secretário da Fazenda Antônio Gavazzoni e o ex-secretário de Comunicação Ênio Branco terão o sigilo quebrado no mesmo período, informou o STJ. O G1 tenta contato com Gavazzoni e Branco na tarde desta segunda (5).
Os executivos Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel, da Odebrecht, delatores do suposto repasse, também tiveram quebra de sigilo autorizada.
O ministro do STJ Luis Felipe Salomão declarou que a quebra do sigilo telefônico dos investigados é essencial para que se possa “identificar eventual comunicação entre os agentes e a confirmação de sua localização nas datas e períodos apontados”.