A Polícia Federal informa que o voo que trará Henrique Pizzolato da Itália para o Brasil já saiu daquele país e está a caminho de São Paulo. Após longa disputa judicial, o catarinense de 63 anos está sendo extraditado nesta quinta-feira (22), por uma equipe formada por três policiais federais e uma médica do órgão.
A viagem será dividida em duas etapas. Da Itália, ele seguirá em voo direto para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Depois, em aeronave da PF, será conduzido até Brasília, onde deve ser conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames de corpo de delito e posteriormente transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Condenação e prisão
Em agosto de 2012, Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Em novembro de 2013, ele fugiu para a Itália com o passaporte falso de um irmão morto para evitar ser preso no Brasil. Em 18 de novembro, o nome dele foi incluído na lista de procurados internacionais, conhecida como “difusão vermelha”, da Interpol. Três meses depois, a Polícia Federal, em conjunto com a polícia italiana, localizou-o no norte do país. No dia 5 de fevereiro de 2014, ele foi preso em Maranello por porte de documento falso. Ele estava escondido na casa de um sobrinho.
O ex-diretor do Banco do Brasil chegou a ser solto em outubro de 2014 pela Justiça da Itália. Em fevereiro deste ano, após recurso apresentado pelo Brasil, finalmente a extradição foi autorizada e Pizzolato retornou à prisão. No dia 24 de abril, a Justiça daquele país reafirmou a decisão de extraditá-lo ao Brasil.
No dia 22 de setembro, após novo recurso apresentado pela defesa do brasileiro, o Conselho de Estado italiano considerou que o Brasil reuniu informações consistentes e suficientes a respeito das condições para o cumprimento da sentença.