A Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) confirmou, em boletim divulgado na terça-feira (5), que um homem de 32 anos morreu em Biguaçu, no mês de outubro, vítima de meningite meningocócica. Trata-se de um caso com evolução aguda da doença – com alta letalidade – ocorrido na cidade. Ele chegou a ser socorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu. Pelo quadro clínico, a equipe médica que o atendeu concluiu que a causa da morte poderia ser a meningite, o que foi confirmado agora pela Dive/SC.
Foi o primeiro caso no município este ano. Em Santa Catarina, já são 47 registros confirmados em 29 municípios catarinenses, com 11 óbitos. Lages, Blumenau e Criciúma têm 4 cada; Brusque e Palhoça, 3 cada; Itajaí, Itapema, Jaraguá do Sul, Joinville e São José, 2. Os outros foram em Apiúna, Água Doce, Balneário Camboriú, Biguaçu, Bombinhas, Concórdia, Fraiburgo, Garopaba, Imbituba, Laguna, Navegantes, Passos de Torres, Pomerode, Porto União, São Francisco do Sul, Taió, Três Barras, Tubarão e Turvo.
A Dive/SC aponta que, no Estado de Santa Catarina, até a semana epidemiológica 44 de 2019 (última semana de outubro), o comportamento da doença meningocócica permanece endêmico, com incidência de 0.66% por 100 mil habitantes. No ano de 2018, foram confirmados 89 casos com incidência de 1,26% por 100 mil/hab, maior incidência desde 2007.
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“Todas as medidas de prevenção destinadas à população em geral devem ser reforçadas, com o objetivo de controlar os mecanismos de transmissão das doenças respiratórias, com ênfase em recém-nascidos e menores de 1 ano, evitando que este grupo tenha contato com pessoas doentes, contato íntimo (beijos) ou compartilhem objetos que contenham secreções respiratórias (chupetas, mamadeiras, alimentos, etc.), além da exposição a aglomerado de pessoas”, pontua a vigilância epidemiológica.
“Todas as crianças acima de 1 ano de idade e adultos com febre, cefaleia, vômitos, rigidez da nuca e outros sinais de irritação meníngea, convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo devem ser considerados casos suspeitos”, diz o boletim.
O Programa Nacional de Imunização (PNI) dispõe de vacinas que podem prevenir algumas formas de meningite (BCG, Meningo C, Haemophilus B, Pneumocócica). Em relação à doença meningocócica, a vacina meningocócica C conjugada se encontra disponível para crianças a partir de três meses de idade até menores de cinco anos e, a partir de 2017, o Ministério da Saúde passou a disponibilizar a vacina para adolescentes na faixa etária de 11 a 14 anos, que recebem um reforço da vacina ou dose única, conforme situação vacinal. Estas vacinas estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde do SUS.