Assessoria
Com a proximidade de mais uma temporada de verão, quando as altas temperaturas favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, a Secretaria de Estado da Saúde inicia campanha de mídia e nas redes sociais para alertar a população sobre os riscos da doença. Nas peças publicitárias e posts, o governo do Estado enfatiza a importância da participação de todos no controle e na eliminação dos criadouros do mosquito para evitar uma nova epidemia da doença no Estado.
No próximo sábado, 21, Dia Nacional de Combate à Dengue, diversos municípios realizarão o “Dia D”, com diferentes ações alusivas à data, como mutirões de limpeza urbana, identificação e eliminação dos recipientes que possam servir de criadouros, divulgação da realidade local e orientação à população a respeito das ações de prevenção e controle da dengue.
As ações incluem também orientações sobre a febre do chikungunya e da febre do zika vírus, outras duas doenças infecciosas febris causadas por vírus transmitidas pelo mesmo mosquito. Elas foram introduzidas recentemente no Brasil, e já apresentam transmissão em diversos estados.
Em 2015, Santa Catarina enfrentou sua primeira epidemia de dengue, ocorrida em Itajaí, com mais de 3 mil casos confirmados na última temporada de verão. Entre janeiro e outubro deste ano, foram confirmados 3.578 casos de dengue, sendo 3.269 autóctones (transmissão dentro do Estado), 253 importados e 56 permanecem em investigação. Em 2014, 69 casos foram confirmados, sendo três autóctones e 66 importados.
“Dentre os fatores que contribuíram para o aumento dos casos, podemos destacar a chegada de casos importados ao Estado em período de viremia, que é a fase em que o mosquito Aedes aegypti se infecta caso pique a pessoa doente; a manutenção e a presença disseminada de focos do mosquito; o grande fluxo de turistas e de mercadoria, ampliando a probabilidade de casos importados”, elenca João Fuck, coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC).
O clima atípico, com temperaturas elevadas e chuvas, também fornece as condições ideais para proliferação do mosquito Aedes aegypti.
As medidas incrementadas pelo governo de Santa Catarina começaram em agosto deste ano, com o repasse de R$ 1.7 milhão aos 57 municípios em situação de risco para transmissão da dengue.