O presidente Michel Temer (MDB) disse durante pronunciamento no Palácio do Planalto, no começo da tarde desta sexta-feira, que uma “minoria radical” dos grevistas não quis cumprir uma proposta de acordo feita na noite de ontem com presidentes de algumas entidades representativas do setor. Ele autorizou o uso das forças federais de segurança para desbloquear as estradas.
“Não vamos permitir que a população fique sem gêneros de primeira necessidade. Não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas. Não vamos permitir que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento de escolas. Como não vamos permitir que produtores tenham seu trabalho mais afetado”, afirmou Temer.
O presidente reiterou que o governo buscou o diálogo e o caminho da negociação com os caminhoneiros, que deflagraram paralisação há cinco dias. Ele lamentou o “radicalismo” de setores do movimento, que segundo ele impedem o acordo, bloqueiam estradas e geram risco de desabastecimento no país.
O presidente lembrou que 12 pontos colocados pelo movimento de paralisação foram atendidos pelo governo, incluindo a redução do preço final do diesel do diesel e também a eliminação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
A tática do governo é retomar as negociações com os caminhoneiros, depois de a normalidade ser restabelecida no país. Temer pediu apoio dos governadores para que busquem reduzir o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) que incide sobre os combustíveis.