Foi aberta nesta segunda-feira (1) a temporada de pesca artesanal da tainha em Santa Catarina. Essa modalidade começa normalmente um mês antes da liberação da pesca industrial. A safra tem início com a chegada do frio, quando os peixes vão para a costa em busca de águas mais quentes.
A data foi marcada pela celebração, logo cedo, de uma tradicional missa seguida de procissão até as areias da praia do Campeche, no Sul de Florianópolis. Centenas de pessoas participaram.
Segundo a Federação dos Pescadores de Santa Catarina, todas as licenças foram liberadas. “No ano passado foi o recorde dos últimos 30 anos, foram 3,5 mil toneladas. Se neste ano a gente ultrapassar 1,8 mil até 2 mil toneladas, será uma safra excelente”, diz o presidenta da federação, Ivo da Silva.
Os pescadores já colocaram as redes nos barcos e estão só esperando os primeiros cardumes aparecerem. Eles contam com boas condições climáticas para ter uma boa safra.
“O que atrapalha a pesca de praia, para nós, é o tempo. Muito vento forte não é bom, e outra coisa que não pode acontecer conosco este ano de volta é aquela maré vermelha. Se bater numa praia, estraga a pesca”, disse o pescador Manoel Pereira. “É esperar que o tempo corra certo. O vento certo pra tainha. Tainha é vento sul. Senão, dificilmente”
Elias Vicente também é pescador artesanal e está otimista. “Ano passado deu um bocado de tainha, mas todo mundo previa isso ai. Ia dar peixe bom. E esse ano tá previsto pra isso”, diz.
Já os pescadores e donos de barcos industriais continuam na expectativa de quem vai poder pescar este ano. A instrução normativa publicada pelo Ministério da Agricultura reduziu o número de embarcações da frota de 40 para 32. O documento não explica de que forma será feita a escolha dos barcos que receberão autorização.
Essa redução é definida no plano de gestão da tainha, que é de 2015, e que determina a retração da frota em 20% ao ano – caso não sejam feitos estudos de estoque.