Dia Nacional da Saúde – 5 de agosto
Fortalecimento das bases para desfrutarmos o futuro
*Por Karla Tratsk
Nunca estivemos em um estágio do desenvolvimento tão acelerado e tão brilhante, com acesso a vários bens de consumo e bens comuns. Com o advento da internet, as mais variadas tecnologias nos remetem para um mundo além. Mas, em algumas áreas, como a Saúde, ainda estamos em transição.
Somos construtores de próteses cada vez mais inteligentes, que superam até os próprios movimentos humanos. Provavelmente veremos resultados de corredores das Paraolimpíadas superarem atletas consagrados.
A palestra de abertura do último Congresso Brasileiro de Oftalmologia realizado em Florianópolis trouxe à tona estudos que colocam a superação do nosso próprio corpo por peças inteligentes, ou órgãos substitutos com capacidade de conservarem e regenerarem suas funções originais.
Mas vemos ainda pessoas sendo tratadas somente em pequenas partes; temos o hábito de “cortar” o ser-humano em “pedacinhos”, sendo que deveríamos ter um olhar mais abrangente, holístico. Na natureza não se encontra nenhum ser dividido.
O Glaucoma, por exemplo, mesmo com todas as técnicas e estudos mais aprimorados, tanto nas medicações como nas cirurgias, segue fazendo vítimas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 300 milhões de pessoas possuem diminuição da visão devido ao glaucoma, e destes cerca de 40 milhões desenvolveram cegueira irreversível.
Sugeriu-se através de artigos alemães em Oftalmologia que portadores de Glaucoma façam uso de micronutrição antioxidante (vitaminas, sais minerais e aminoácidos). Assim, a morte celular, que tem como consequência a cegueira, poderia ser evitada. O processo oxidativo, “enferrujante”, dessas células têm relação direta com a restrição nutricional.
Como exemplo, o zinco é um metal envolvido em mais de 300 reações enzimáticas celulares. A carência deste metal resulta em alterações importantes em todo o funcionamento do organismo.
Precisamos pensar no futuro: em caso da necessidade de uma prótese inteligente, qual corpo poderia receber com maior sucesso estas novas peças da engenharia humana? Com certeza, aquele que está em condições basais o mais próximo do normal possível. Para que este novo órgão se adapte, temos que ter condições ideais de saúde. E isso passa por uma estruturação de costumes e reencontro com bons hábitos, como boa alimentação, prática de exercícios físicos regulares, sono de qualidade, melhora do terreno biológico, suplementação inteligente com micronutrientes, qualidade de oxigenação celular, administração do stress e gerenciamento das emoções. Tudo para que o nosso corpo trabalhe da forma mais natural, una e equilibrada possível.
*Karla Tratsk – Médica Oftalmologista, de Florianópolis. E-mail: dra.karla@tratsk-nitz.com