São José amplia acolhimento a famílias estrangeiras no início do ano letivo

Com o início do ano letivo, a chegada de crianças estrangeiras aos Centros de Educação Infantil (CEIs) de São José tem representado um desafio para a rede municipal de ensino, especialmente no que diz respeito à comunicação. Para garantir um acolhimento adequado e tornar a inserção dessas crianças mais acessível, a Secretaria de Educação tem desenvolvido iniciativas voltadas à superação das barreiras linguísticas e à inclusão escolar.

A coordenadora da Educação Infantil, Márcia Rizzaro, enfatiza a importância da empatia e do respeito cultural no processo de adaptação dessas famílias. “Nosso objetivo é garantir que essas crianças se sintam acolhidas e seguras no ambiente educacional. A comunicação é um grande desafio, mas buscamos alternativas para que pais e crianças compreendam como funciona a rotina na educação infantil e consigam se inserir da melhor forma possível”.

A iniciativa foi reforçada com a participação da assessora pedagógica Ana Karina Corrêa Hoeller, fluente em inglês, que passou a atuar diretamente no atendimento às famílias estrangeiras. A primeira intervenção ocorreu no ano de 2024, com imigrantes da Venezuela e do Iêmen, e foi retomada em 2025. “As assessoras pedagógicas da Educação Infantil têm desempenhado um papel essencial nesse acolhimento, utilizando diferentes estratégias para facilitar a comunicação e a adaptação das crianças e seus responsáveis”, enfatizou Rizzaro.

No CEI Lício Mauro da Silveira, no Bairro Nossa Senhora do Rosário, por exemplo, o acolhimento foi feito em espanhol para famílias venezuelanas. Já no CEI Bom Jesus de Iguape, no Bairro Praia Comprida, uma família do Iêmen recebeu suporte em inglês. No CEI Prof. Antônio Joaquim de Souza, em Forquilhas,  famílias vindas do Paquistão e da Rússia também foram assistidas, sob a coordenação da assessora Érika Caetano Soares. 

Rotina Educacional 

A ação busca não apenas garantir que as crianças entendam e se sintam confortáveis no ambiente escolar, mas também proporcionar às famílias a segurança de que serão compreendidas e orientadas sobre a rotina educacional no Brasil.

Um dos casos que exigiu atenção especial foi o de uma família do Iêmen que retornou ao Brasil após um período no exterior. A reintegração da criança ao CEI Bom Jesus de Iguape, demandou um acompanhamento diferenciado, incluindo explicações detalhadas sobre o funcionamento do sistema educacional brasileiro, desde a entrega do Parecer Descritivo até a adaptação à rotina diária no CEI.

Para auxiliar na comunicação, ferramentas como o Google Tradutor têm sido utilizadas, mas a intermediação humana se mostra essencial para captar nuances culturais e garantir um acolhimento mais sensível, explicou Rizzaro. Além disso, estratégias como a escrita de bilhetes na agenda escolar vêm sendo implementadas para facilitar o entendimento entre educadores e famílias.

A secretária de Educação, Cláudia Macário, reforça o compromisso da gestão municipal em promover um ensino inclusivo e acolhedor. “Sabemos que a diversidade cultural traz desafios, mas também enriquece nosso ambiente escolar. Nosso compromisso é oferecer suporte para que essas famílias tenham acesso a uma educação de qualidade e que seus filhos se desenvolvam plenamente dentro da nossa rede de ensino”.

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