Com a temporada de declaração de Imposto de Renda do exercício de 2024 oficialmente aberta no dia 17 de março, a expectativa é que mais de 46 milhões de brasileiros acertem suas contas com o leão até 30 de maio. E alguns cuidados precisam ser tomados neste momento, já que, segundo dados da Receita Federal, em 2024 mais de 1,4 milhões de brasileiros caíram na malha fina do Imposto de Renda. Destes, mais de 150 mil foram da 9ª Região Fiscal, que abrange Paraná e Santa Catarina.
Para José Carlos da Silva, Diretor da Orsitec, empresa contábil de Florianópolis (SC) com quatro décadas de experiência em declarações de IR: “Trata-se de um processo minucioso, que requer atenção aos detalhes, onde o resultado da Declaração do IR pode ser benéfico para o contribuinte, que às vezes desconhece que tem recursos a serem restituídos, ao mesmo tempo que desmascara casos de tentativas de fraudes com informações e documentações inverídicas, então ter um especialista auxiliando neste processo, é essencial”.
Só este ano, José Carlos estima que cerca de 500 declarações de pessoas físicas e jurídicas sejam feitas no seu escritório.
O que pode te levar para a malha fina?
Segundo as informações da Receita Federal, entre as declarações retidas em 2024, a maioria (71%) são de contribuintes que apontam ter direito à restituição de Imposto de Renda. Em 27% das declarações os contribuintes apuraram imposto a pagar. Já em 2% das declarações retidas os contribuintes apuraram saldo zero, ou seja, nem a restituir nem a pagar.
José Carlos sugere atenção especial a um motivo que causou mais de 50% das restituições em 2024, as deduções ligadas a despesas médicas. “Como não existe um limite legal para a dedução de gastos médicos, o contribuinte pode incluir despesas não válidas, ou incluí-las de maneira equivocada na declaração, o que acaba por contribuir para este número de declarações retidas”.
Abaixo temos uma lista com os principais motivos de retenção do Imposto de Renda 2024, segundo a Receita Federal, e que devem servir de alerta para uma declaração sem problemas em 2025.
• Deduções fiscais relacionada a despesas médicas (51,6%)
• Omissão de rendimentos (27,8%)
• Imposto de Renda retido na fonte (9,4%)
• Deduções de outras fontes, como educação, pensão, previdência privada etc. (5,8%)
• Deduções do imposto devido (2,7%)
• Rendimentos recebidos acumuladamente (1,6%)
• Diferença entre o valor de imposto pago declarado e valores registrados na Receita (1,1%)
